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Cinco anos da pandemia: os impactos globais e as marcas deixadas no Brasil

Brasil teve 10% das mortes mundiais, mesmo com menos de 3% da população do planeta

Cinco anos da pandemia: os impactos globais e as marcas deixadas no Brasil
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Há exatos cinco anos, no dia 11 de março de 2020, o mundo foi oficialmente colocado em estado de pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O anúncio foi feito pelo diretor-geral da organização, Tedros Adhanom, em uma tentativa de mobilizar governos e sistemas de saúde diante da rápida disseminação da Covid-19, doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2.

Naquele momento, 120 mil casos e 5 mil mortes já haviam sido registrados em 114 países, e a comunidade científica alertava sobre o risco de colapso hospitalar. No Brasil, apenas 52 casos estavam confirmados, mas especialistas previam que a situação sairia rapidamente do controle.

O início da pandemia no Brasil e o colapso do sistema de saúde

As primeiras medidas adotadas pelo governo brasileiro incluíram isolamento social, quarentena obrigatória para infectados e fechamento de escolas e comércios. A recomendação do Ministério da Saúde era clara: “Se puder, fique em casa”. No entanto, em poucos dias, a estratégia passou a ser contestada por setores políticos e econômicos, incluindo o então presidente Jair Bolsonaro, que minimizou a gravidade do vírus e incentivou o uso de medicamentos sem eficácia comprovada.

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Nos primeiros meses, o país enfrentou dificuldades na gestão da crise. Em menos de um ano, o Ministério da Saúde trocou de comando quatro vezes:
📌 Luiz Henrique Mandetta foi demitido em abril de 2020 por defender o isolamento social;
📌 Nelson Teich ficou menos de um mês no cargo, saindo após discordar do uso do chamado “kit Covid”;
📌 Eduardo Pazuello, general do Exército, assumiu a pasta e permaneceu até março de 2021, sendo criticado pela demora na compra de vacinas;
📌 Marcelo Queiroga foi nomeado como ministro e seguiu no cargo até o final do governo Bolsonaro.

Enquanto a gestão da pandemia era marcada por instabilidade, os números de casos e mortes aumentavam rapidamente. A primeira morte por Covid-19 no Brasil foi registrada ainda em março de 2020. Em agosto do mesmo ano, o país ultrapassava 100 mil vítimas. Apenas cinco meses depois, em janeiro de 2021, o número dobrava, chegando a 200 mil mortes.

O cenário se tornou ainda mais crítico no início de 2021, com a explosão de casos e a escassez de oxigênio em hospitais do Amazonas, levando centenas de pacientes à morte por asfixia. Em abril, o Brasil já acumulava mais de 400 mil óbitos, tornando-se um dos países mais afetados pela pandemia.

A vacinação como ponto de virada

O avanço da vacinação a partir do segundo semestre de 2021 foi o principal fator para a desaceleração da pandemia. Após um início conturbado e resistência à compra de imunizantes, o Brasil alcançou um ritmo acelerado de vacinação, tornando-se um dos países com maior percentual de vacinados no mundo.

O médico virologista Bergmann Moraes, da Universidade de Brasília, ressalta a importância da imunização:
"As vacinas foram determinantes para reduzir hospitalizações e óbitos. Sem elas, os números teriam sido ainda mais devastadores."

Com a imunização em massa, o número de mortes começou a cair. Hoje, a Covid-19 já não é considerada uma emergência sanitária global, mas segue sendo monitorada, especialmente devido ao surgimento de novas variantes.

O impacto da pandemia no Brasil: números e consequências

📊 Balanço da pandemia no Brasil:
+39 milhões de casos confirmados
+715 mil mortes
10% das mortes mundiais, mesmo com menos de 3% da população global

A crise sanitária expôs desigualdades estruturais e escândalos de corrupção. Em 2021, o Senado Federal instaurou a CPI da Covid, que investigou irregularidades na gestão da pandemia. O relatório final da comissão recomendou o indiciamento de 78 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, sob acusações que iam desde a disseminação de fake news sobre a doença até esquemas de propina na compra de vacinas.

O custo da pandemia para o Brasil foi altíssimo, tanto em vidas perdidas quanto em impactos econômicos e sociais. O país enfrentou recessão, desemprego, aumento da fome e colapso no sistema de saúde.

Cinco anos depois, ainda lidamos com os efeitos da pandemia, mas a ciência, a vacinação e os aprendizados adquiridos foram fundamentais para controlar o vírus e evitar que tragédias semelhantes aconteçam no futuro.

 

Fonte/Créditos: Com informações da TV Brasil

Créditos (Imagem de capa): © Marcelo Camargo/Agência Brasil

Comentários:

Marcelo Augusto

Publicado por:

Marcelo Augusto

Jornalista/Advogado. Atua no rádio passense desde 2000 com passagens pelas rádios: Globo AM, Transamérica, Vida, Ind FM e Depto. de comunicação da FESP/UEMG. Atualmente atua na Alternativa FM e na Assessoria de Comunicação da AMEG.

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