PASSOS/MG – O documentário em curta-metragem “O sagrado que dança” foi exibido pela primeira vez na noite dessa sexta-feira (4), no auditório do Bloco 6 da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) – Unidade Passos. A sessão foi promovida em parceria com o Cineclube Eduardo Coutinho e viabilizada com recursos da Lei Paulo Gustavo (Lei Complementar nº 195/2022), por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Patrimônio Histórico.
Com 15 minutos de duração, o curta apresenta a história de Maria Aparecida, matriarca do Terno de Congo Marinheiros de São Domingos, referência local na preservação do Congado – manifestação tradicional da cultura afro-brasileira. A narrativa destaca a importância da personagem como guardiã dos saberes, da fé e dos valores da comunidade, mostrando como sua atuação fortalece a identidade coletiva e inspira novas gerações.
O filme também documenta as festividades e os ensaios do Terno de Congo ao longo do ano de 2024, promovendo uma imersão na religiosidade e no simbolismo dessa tradição enraizada no cotidiano da cidade.
Dirigido por Lucas Jesus, com roteiro de Jean Carllo e direção de fotografia de Bruno Sette, o documentário foi construído a partir do depoimento de Maria Aparecida, combinando elementos históricos, visuais e sensoriais para representar a vivência do Congado. Segundo Lucas, a ideia surgiu antes da pandemia e ganhou forma com as gravações realizadas ao longo de 2024.
“O documentário foi estruturado de forma cronológica, respeitando a sensibilidade da tradição. Acompanhamos o Terno de Congo nas festas e ensaios e, a partir da fala da Maria, construímos um retrato de fé e resistência”, explicou o diretor.
“O sagrado que dança” está disponível gratuitamente no canal do Laboratório de Criação no YouTube (youtube.com/@LaboratoriodeCriar), com versões acessíveis para pessoas com deficiência.
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