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PASSOS – Moradores do bairro Parque Tropical, em Passos, estão se mobilizando contra a construção de 30 casas populares do Programa Minha Casa Minha Vida em uma área que, segundo eles, seria destinada à construção de uma praça, área de lazer, CEMEI e posto de saúde.

Os moradores afirmam que, ao adquirir os lotes do bairro, foram informados pela construtora que viabilizou o loteamento de que o espaço seria reservado para projetos institucionais. “Escolhemos o lote por causa dessa área institucional. Agora a prefeitura aparece dizendo que vai construir casas populares no local. Isso é inadmissível”, declarou a moradora Bruna Revuleta.

Rafael Messias, outro morador, destacou que o protesto não é contra os futuros moradores das casas populares. “O problema é que compramos nossos lotes com a promessa de que essa área seria institucional. Isso mudou de repente, e nos sentimos enganados”, desabafou.

Além da questão habitacional, os moradores denunciaram o descarte clandestino de lixo na Avenida Antônio Adão Carneiro, a principal via de acesso ao bairro. Segundo Bruna, que anteriormente morava em Santo André/SP, uma solução viável seria a implantação de um centro de descarte de resíduos, inspirado no modelo utilizado na cidade paulista, onde caçambas são disponibilizadas para descarte organizado e supervisionado de materiais como entulho, móveis e eletrônicos.

Nesta quinta-feira (23), às 19h, os moradores se reúnem na Rua Cambará, 341, no bairro Parque Tropical, para discutir o problema das moradias populares, além de questões como lixo e melhorias na infraestrutura, incluindo bocas-de-lobo instaladas inadequadamente em frente às residências. O encontro também visa oficializar a organização da associação de moradores e formar uma comissão para dialogar com representantes do poder público.

Prefeito, vice-prefeito, secretários e vereadores foram convidados, mas até o momento não confirmaram presença na reunião.