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PASSOS – Moradores do bairro Jardim Tropical organizaram mais um protesto na manhã desta segunda-feira (27), dessa vez em frente ao prédio da Prefeitura de Passos. Com cartazes, apitos e narizes de palhaço, os manifestantes se posicionaram contra o anúncio da administração municipal de construir 30 casas populares em uma área institucional do bairro, destinada originalmente para equipamentos públicos, como escola ou praça.

A ação foi acompanhada pela Polícia Militar e pela Guarda Civil Municipal, sem registros de intercorrências. Alguns moradores conseguiram acessar o prédio da Prefeitura, onde foram recebidos pelo vice-prefeito e secretário de Planejamento, Maurício Silva. Ele informou que o prefeito não estava presente e explicou que a área em questão já foi repassada à União por meio de um projeto de desafetação aprovado pela Câmara Municipal.

“Nos sentimos enganados”
Bruna Revuleta, uma das lideranças do protesto, afirmou que os moradores adquiriram os terrenos no bairro com a expectativa de que a área verde e institucional seria utilizada para uma praça, posto de saúde ou escola. "Nos sentimos enganados. Compramos esperando uma coisa e agora recebemos outra. Não somos contra as habitações populares, mas sugerimos outras áreas que poderiam ser usadas no bairro para esse projeto", declarou.

Maurício Silva garantiu que irá discutir a situação com o prefeito e, em seguida, entrará em contato para marcar um encontro com os moradores.

Relembre o caso
Na noite da última quarta-feira(22), moradores organizaram a primeira manifestação no próprio bairro Jardim Tropical. Na ocasião eles explicaram o porque da revolta dos moradores com a decisão da administração municipal.

Na sexta-feira (24), pela manhã, a reportagem do Portal Marcelo Augusto foi recebida pela Secretária de Obras, Habitação e Serviços Urbanosd da prefeitura de Passos, Clélia Rosa, para apresentar a versão do município aos fatos. Durante a entrevista, a secretária explicou que a construção das 30 moradias populares é uma ação importante para atender famílias de baixa renda que aguardam por habitação digna em Passos. Segundo ela, a desafetação da área foi uma medida legal e aprovada pela Câmara Municipal, com o objetivo de garantir o cumprimento de um programa habitacional e que a ideia da administração é construir as casas populares de maneira distribuída em diversos vários da cidade, evitando exclusão social. 

Após a manifestação dos moradores, o prefeito Diego Oliveira foi até a casa de uma das moradoras do bairro acompanhado da sua líder na câmara a vereadora Gilmara Oliveira juntamente com o vice-presidente da Câmara, vereador Michael Silveira, onde ouviu o pleito dos moradores e apresentou algumas propostas para atender os moradores. Pelo que afirmou o prefeito, as casas serão de fato construídas neste local, porém a administração municipal irá providenciar muro e portão para todas as 30 casas através de subsídio do município através de projeto de lei que será encaminhado à Câmara Municipal nos próximos dias. 

O prefeito ainda se comprometeu a estudar um projeto de construção de uma base de segurança pública no local, a ser utilizada como ponto de apoio para a Guarda Civil Municipal e também à Polícia Militar e ainda afirmou estudar a possibilidade de apresentar um projeto junto ao Ministério da Educação para construção de um CEMEI no local, obra estimada em R$ 4 milhões de reais. Quanto a área verde do bairro, Diego assumiu o compromisso de cordenar uma limpeza da área pela administração municipal e promover um mutirão de plantio e arborização da área com envolvimento de todos os moradores. 

Segundo o vereador Michael Silveira, "estamos buscando soluções publicas para realocação da praça e do CEMEI para responder da melhor forma possível a contemplar toda a comunidade", explicou o vereador. 

A saída apresentada aos presentes no encontro teve boa aceitação.