PASSOS - O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da Promotoria Eleitoral de Passos (209ª Zona Eleitoral) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Regional de Passos, com o apoio da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), deflagrou, na manhã dessa quinta-feira, 9 de janeiro, a Operação Integridade, com o objetivo de apurar e reprimir a prática de crimes de associação criminosa, corrupção eleitoral, falsidade ideológica eleitoral e propaganda eleitoral no dia da eleição. Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em Passos e um em Ribeirão Preto (SP).
A operação foi desencadeada contra a vereadora mais votada nas eleições de 2024 em Passos, Aline Gomes Macedo (PL), eleita com 3.014 votos. Durante as investigações, foi apurado que a parlamentar se associou a outras sete pessoas para cometer crimes de corrupção eleitoral. O grupo é suspeito de aliciar eleitores, oferecendo dinheiro em troca de votos, realizar boca de urna e afixar material de propaganda irregular em veículos e residências de eleitores aliciados.
A ação de hoje é um desdobramento das apurações iniciadas pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), ainda durante o período eleitoral, que recebeu denúncias e indicou irregularidades na prestação de contas da então candidata. A Justiça Eleitoral de Passos declarou válidas as provas obtidas pelo MPE sobre o pedido de impugnação da prestação de contas da presidente da Câmara, Aline Macedo, que foi reeleita nas eleições de 6 de outubro.
Em sua decisão, a juíza Isadora de Castro Silva, publicada em 18 de novembro de 2024, determinou que o Cartório Eleitoral levasse em consideração as alegações do MPE na análise técnica da prestação de contas da parlamentar. O MPE investiga supostas irregularidades, como "caixa 2", compra de votos, omissão de informações de despesas e falsidade ideológica eleitoral. No dia da posse (1/1) a vereadora negou as acusações, comentou sobre seus trabalhos e afirmou que as denúncias contra ela eram infundadas, que estava tranquila e que tudo seria esclarecido.
O Ministério Público apura que a vereadora pode ter captado e utilizado recursos de fontes vedadas, provenientes de pessoas jurídicas e de origem não identificada, além de realizar gastos ilícitos com contabilidade oculta e subfaturamento de itens e preços nas notas fiscais. O MPE reforça que as supostas irregularidades são graves e contrariam a legislação eleitoral, e pede a devolução dos valores recebidos de fontes vedadas ou de origem não identificada ao Tesouro Nacional.
Foram recolhidos equipamentos eletrônicos e celulares dos suspeitos além de outros materiais considerados relevantes para o andamento das investigações.
Esta informação está em atualização.
Fonte/Créditos: Marcelo Augusto, com informações do MPMG e jornal Folha da Manhã
Créditos (Imagem de capa): Ascom/MPMG
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