CAMPO DO MEIO – Na manhã desta terça-feira, 10 de dezembro, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em parceria com diversas instituições, deflagrou a operação "Reação Adversa", com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que operava no comércio eletrônico de produtos terapêuticos ou medicinais falsificados.
A ação conjunta cumpriu oito mandados de prisão preventiva e 39 de busca e apreensão, todos em Campo do Meio. De acordo com as investigações, o grupo utilizava plataformas como Mercado Livre e Shopee, controlando mais de 40 perfis de vendas e realizando cerca de 10.900 transações ilícitas nos últimos três anos, com remessas para mais de 20 estados.
As apurações começaram a partir da falsificação de medicamentos veterinários, mas evidências indicam que o grupo também passou a incluir remédios para consumo humano. Campo do Meio foi apontada como um dos maiores polos mundiais de contrafação de medicamentos, conforme dados de empresas farmacêuticas.
O que é contrafação de medicamentos
Contrafação de medicamentos é a fabricação, distribuição ou comercialização de remédios falsificados, que imitam produtos originais, mas não possuem garantia de qualidade, segurança ou eficácia. Esses produtos, geralmente, contêm substâncias inadequadas ou em concentrações erradas, podendo causar sérios riscos à saúde.
No Brasil, a prática é considerada crime grave, conforme o Código Penal (art. 273), que prevê penas de 10 a 15 anos de reclusão para quem falsificar, corromper, adulterar ou alterar medicamentos, além de multa. A legislação também responsabiliza aqueles que comercializam ou distribuem esses produtos.
A operação contou com a participação de Promotores de Justiça, servidores do MPMG, auditores fiscais e 78 policiais militares, com suporte terrestre e aéreo. A força-tarefa incluiu o GAECO Regional de Passos, PROCON-MPMG, Coordenadoria Estadual de Defesa dos Animais, Núcleo de Combate aos Crimes Ambientais, Polícia Militar de Minas Gerais e Secretaria de Estado da Fazenda.
Fonte/Créditos: Marcelo Augusto
Créditos (Imagem de capa): Divulgação/MPMG
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