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Municípios Mineiros | só 7,5% tem mulheres no poder

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Feminicídio, ataques de ódio contra as mulheres amplificados pelas redes sociais e maior representatividade delas na política foram questões abordadas nesta terça-feira (9/7/24), em seminário realizado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) com a presença da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.

O tema foi "A importância de garantir políticas públicas para as mulheres nos municípios", tendo a ministra pontuado que o Brasil vive uma epidemia de feminicídio e que o maior desafio do País nas ações voltadas para as mulheres não está no orçamento, mas na capilaridade, o que passa por maior envolvimento dos municípios. A ministra recebeu da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da ALMG um documento contendo demandas para que Minas avance nas pautas das mulheres.

A deputada Ana Paula Siqueira (Rede), presidenta da comissão, frisou que Minas é o único estado do Sudeste a não ter uma Secretaria Estadual das Mulheres, contando apenas com uma subsecretaria, mesmo sendo destaque no País em casos de feminicídio. Entre as reivindicações encaminhadas à ministra, ela destacou especialmente a demanda pela implantação da Casa da Mulher Brasileira, priorizando o Vale do Jequitinhonha.

A Casa da Mulher Brasileira (CBM) é um dos eixos do Programa Mulher Viver sem Violência, retomado pelo Ministério das Mulheres em março de 2023. A deputada federal Ana Pimentel (PT-MG), organizadora do seminário, preside a Comissão de Mulheres da Câmara Federal e abordou, entre outros, a divisão sexual do trabalho do cuidado, que faz com que as mulheres sejam penalizadas dia a dia. Nesse sentido, ela destacou que o governo federal enviou ao Congresso Nacional projeto instituindo a política nacional de cuidado, bem como sancionou a lei da igualdade salarial entre homens e mulheres.

A professora Marlise Matos, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher (Nepem) da UFMG, frisou no seminário que somente 12% das prefeituras brasileiras são ocupadas por mulheres, presença que em Minas cai para 7,5%. A pesquisadora avaliou que esse cenário pouco mudou com a lei de cotas nas candidaturas às eleições implantada na década passada para impulsionar a presença das mulheres.

E citou o caso de Minas, onde, segundo ela, de cada três candidatas, apenas uma se elege no Estado. "Continuamos num filtro permanente de exclusão das mulheres na política. Na mesorregião central mineira, por exemplo, há 30 prefeituras e zero prefeitas. E 22% das cidades mineiras têm zero vereadoras", frisou a coordenadora do Nepem.

Fonte/Créditos: ALMG

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