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Domingo, 23 de Novembro de 2025

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Justiça condena ex-secretários e empresários de Passos por improbidade na Operação Quimera

Sentença impõe multas milionárias, perda de direitos políticos e dissolução de empresas envolvidas em fraudes licitatórias entre 2013 e 2015

Justiça condena ex-secretários e empresários de Passos por improbidade na Operação Quimera
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PASSOS (MG) – A 2ª Vara Cível de Passos condenou 12 réus, entre eles cinco ex-secretários municipais, uma ex-diretora, quatro empresários e duas empresas, por atos de improbidade administrativa e empresarial apurados no âmbito da Operação Quimera, deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

A decisão reconhece a existência de uma organização criminosa que desviou recursos públicos por meio de fraudes em licitações e faturamento de materiais não entregues ou parcialmente entregues ao município de Passos, entre os anos de 2013 e 2015.
Os contratos investigados envolviam o fornecimento de materiais de expediente, como papel, canetas e lápis.

Condenações e penalidades

De acordo com a sentença, todos os réus foram condenados a reparar o dano patrimonial causado aos cofres municipais, no valor de R$ 1.135.087,07, e a indenizar o dano moral coletivo, fixado em R$ 1.702.630,60.

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Além disso, foram impostas as seguintes sanções, conforme a Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/1992) e a Lei Anticorrupção Empresarial (Lei 12.846/2013):

  • Perda da função pública, caso ainda exercida;

  • Suspensão dos direitos políticos, variando entre 6 e 12 anos, conforme o grau de envolvimento;

  • Multas civis equivalentes ao valor do dano;

  • Proibição de contratar com o poder público ou de receber incentivos fiscais ou financeiros por períodos entre 6 e 12 anos.

Os empresários envolvidos também foram condenados a pagar multa de R$ 500 mil e ficaram proibidos de obter empréstimos, doações ou subsídios de órgãos públicos por cinco anos.

A Justiça determinou ainda a dissolução compulsória das duas empresas utilizadas no esquema, com aplicação de multa adicional de R$ 1,5 milhão.

Dano moral coletivo e impacto social

Na sentença, o juízo destacou que o grupo violou valores fundamentais da sociedade, lesando tanto o erário quanto o direito coletivo à boa administração pública.

“A conduta egoística dos réus violou gravemente valores normativos fundamentais da sociedade, prejudicando não somente o dia a dia de milhares de servidores públicos, como também a própria coletividade, causando repulsa, indignação e sentimento de impotência”, diz o trecho da decisão.

Com a atualização monetária e os acréscimos legais de juros, o montante global das condenações supera R$ 40 milhões.

A Operação Quimera, conduzida pelo MPMG, teve como foco identificar fraudes em licitações e superfaturamentos em contratos da Prefeitura de Passos durante o período de 2013 a 2015. O nome da operação faz referência à figura mitológica “quimera”, símbolo de algo ilusório e enganoso — uma alusão ao sistema fraudulento de desvio de recursos públicos que mascarava as irregularidades sob aparência de legalidade.

FONTE/CRÉDITOS: Portal Marcelo Augusto
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Marcelo Augusto

Publicado por:

Marcelo Augusto

Jornalista/Advogado. Atua no rádio passense desde 2000 com passagens pelas rádios: Globo AM, Transamérica, Vida, Ind FM e Depto. de comunicação da FESP/UEMG. Atualmente atua na Alternativa FM e na Assessoria de Comunicação da AMEG.

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